sexta-feira, 17 de junho de 2011

FDA bane uso dos termos 'Bloqueador Solar' e 'À Prova d'água' em Protetores Solar

Conjunto de exigências para protetores solares será adotado a partir de 2012, mas vigilância sanitária já chama atenção para as regras


Os Estados Unidos adotaram novas regras para os protetores solares que serão vendidos a partir de junho de 2012, mas já anteciparam alertas aos consumidores para este verão, que começa, no Hemisfério Norte, no próximo dia 21.



Essas mudanças nas embalagens são importantes para ajudar os consumidores a ter as informações que precisam para escolher corretamente a proteção solar", afirmou Janet.


Na lógica do FDA, a iniciativa implicará em esforço de modernização da informação oferecida pela indústria aos consumidores sobre os benefícios de seus produtos.


Segundo Janet Woodcock, as novas regras foram adotadas como resultado de uma avaliação de dados de protetores solares, de requisitos para as embalagens e de testes de desenvolvimento dessas substâncias.


O FDA recomendou fortemente o uso de chapéu e de roupas apropriadas em situações de exposição direta ao sol e também a reutilização do protetor solar a cada 40 minutos ou 80 minutos, dependendo da qualificação. A reaplicação deve ser feita depois de cada banho - em piscina ou no mar - e durante a prática de esportes ao ar livre, porque o contato com a água e com o suor diminui a ação dos protetores.


Ao banir a expressão "bloqueador solar", o FDA emitiu um sério alerta sobre a incapacidade de qualquer produto à venda no mercado americano de proteger integralmente o consumidor dos efeitos nocivos dos raios UVA e UVB. No máximo, esses produtos são capazes de proteger a pele se forem usados de maneira correta.


"Muitos casos de câncer de pele são causados pela exposição ao sol. O FDA estimula os consumidores a se proteger. Eles não devem apenas aplicar e reaplicar o protetor solar, mas também limitar sua exposição ao sol", afirmou Janet Woodcock, diretora do Centro para Avaliação de Drogas e de Pesquisa do FDA.


A mudança nos padrões da fórmula e das embalagens de protetores solares se deve ao elevado risco de a exposição ao sol provocar câncer e envelhecimento da pele. Nos EUA, esse é o tipo mais comum de câncer. A cada ano, 2 milhões de novos casos de câncer de pele, excluídos os de melanoma, são registrados no país. Mais agressivo, o melanoma foi detectado em mais de 68 mil casos de doenças de pele no ano passado, segundo dados da Sociedade Americana de Câncer.


De acordo com relatório da FDA, o fator de proteção solar (FPS) somente é capaz de diminuir a absorção de raios ultravioletas de ondas médias, os UVB, causadores de vermelhidão na pele exposta ao sol. Porém, o FPS 15 ou superior não são capazes de oferecer proteção contra os UVA, raios de ondas longas. Daí a exigência do FDA da presença dos ingredientes de "amplo espectro" nos protetores solares a partir do ano que vem.


A vigilância sanitária americana (FDA) decidiu banir as expressões "bloqueador solar", "à prova d"água" e "à prova de suor" das embalagens, por considerá-las como enganadoras. Somente serão considerados como protetores solares os que apresentarem em sua fórmula no mínimo o fator de proteção 15 e também substâncias capazes de qualificá-los como um produto de "amplo espectro" (mais informações nesta página).


Denise Chrispim Marin - O Estado de S.Paulo
Fabio Motta/AEFDA bane uso dos termos 'bloqueador solar' e 'à prova d'água'
Fonte: www.estado.com.br

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Entidades Médicas apóiam ANVISA na Regulamentação de Produtos Derivados do Tabaco

As propostas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA)  para proibir a adição de açúcares e flavorizantes em produtos derivados do tabaco (consulta pública 112/2010) e para regulamentar a propaganda de produtos fumígenos nos pontos de venda (consulta pública 117/2010) receberam apoio de sociedades médicas. As entidades manifestaram adesão às consultas públicas da Agência em carta pública, apresentada durante o Fórum das Entidades Médicas sobre Tabagismo, nesta terça-feira (31/5), em Brasília (DF).

A carta é assinada pela Associação Médica Brasileira, Conselho Federal de Medicina, Federação Nacional dos Médicos, Sociedade Brasileira de Cardiologia, Sociedade Brasileira de Hipertensão e Sociedade Brasileira de Pediatria. Também apoiaram a iniciativa da Agência a Organização Pan-Americana de Saúde e a organização não-governamental Aliança de Controle do Tabagismo.

Durante o Fórum, o diretor da Anvisa, Agenor Álvares, ressaltou a importância do amplo apoio que as propostas da Agência tem recebido da sociedade brasileira, demonstrado em pesquisa DataFolha, divulgada na última segunda-feira (30/5). “Se a sociedade brasileira coloca que 75% das pessoas concordam com a proibição de aditivos para diminuir a atratividade de produtos para fumar e que 85% querem maior rigor na propaganda desses produtos no ponto de venda, temos o compromisso de defender as políticas públicas que são importantes para a saúde dessas pessoas”, afirmou Álvares.

As entidades médicas também fizeram um apelo ao Congresso Nacional para aprovação do Projeto de Lei 315/2008, que promove a política dos ambientes fechados 100% livres do tabaco. Nesse sentido, o senador Cristovam Buarque (PDT/DF) firmou o compromisso de localizar e alavancar o referido projeto.
Na ocasião, o senador também defendeu o incentivo de políticas públicas que dêem alternativas de renda para aqueles que ainda dependem do mercado do tabaco. “Está na hora de buscarem outro ramo, que possam ganhar dinheiro sem que as pessoas morram”, defendeu Buarque.

Confira íntegra das consultas públicas 112/2010 e 117/2010 da Anvisa.

Danilo Molina - Imprensa/Anvisa