quinta-feira, 19 de julho de 2012

Produtos de limpeza são alvo de inspeção


Comercialização de detergentes, desinfetantes e água sanitária produzidos artesanalmente será coibida pela Vigilância Sanitária.



 
















Equipes da Vigilância Sanitária de João Pessoa estão intensificando a fiscalização em supermercados, mercados e feiras livres para apreender produtos de limpeza clandestinos. Na lista dos itens alvo das inspeções estão detergentes, desinfetantes, amaciantes, cloro e água sanitária que foram produzidos de forma artesanal e em descumprimento às normas de segurança da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). De fabricação caseira e vendidos dentro de embalagens pet, esses materiais podem causar lesões na pele, queimaduras, intoxicação e até a morte dos consumidores.
Segundo o coordenador da Vigilância Sanitária de João Pessoa, Ivanildo Brasileiro, os materiais de limpeza caseiros são considerados clandestinos e estão proibidos de serem comercializados. Ele explica que esses produtos não têm registro da Anvisa e ainda descumprem leis que garantem a segurança do consumidor. “Por lei, todo produto colocado no mercado tem que apresentar a Ficha de Segurança do Produto Químico. É um documento que informa, por exemplo, qual é a fórmula usada na sua composição, qual o antídoto que precisa ser administrado, em caso de acidentes e dá instruções para uso”, ressaltou Brasileiro.
“No entanto, como esses produtos são feitos, em casa, de forma precária, não há como seguir esses cuidados. O consumidor corre um sério risco, porque não sabe qual é a substância química que está dentro daquele frasco. No ano passado, apreendemos duas toneladas de material irregular. Boa parte dessa quantidade era de produto de limpeza”, acrescentou.
Apesar da proibição, os produtos de limpeza são vendidos livremente em João Pessoa e atraem a clientela pelo preço. Uma garrafa pet, de dois litros, contendo amaciante, desinfetante, detergente ou água sanitária, por exemplo, pode ser encontrada ao valor de R$ 2,00. Enquanto isso, nos supermercados, alguns desses produtos formais, regulares e industrializados são comercializados por valores que ultrapassam os R$ 10,00.
Além do baixo custo, a clientela é agradada também pela variedade de fragrâncias disponíveis. “Temos jasmim, eucalipto, rosas, flor da manhã, são muitos perfumes em detergentes e amaciantes. Além de cheirosos, os produtos são concentrados e duram muito”, explica um vendedor do material irregular, que não quis se identificar.
O comerciante conta que há oito anos trabalha com produtos de limpeza e nunca sofreu qualquer problema de saúde, por conta disso. Apesar de adotar alguns cuidados para evitar acidentes, ele admite que não conhece todos os riscos gerados pelo manuseio das substâncias químicas. “Eu faço os produtos em casa mesmo, dentro de uma sala, separada do resto da casa. Uso luvas e não deixo nenhuma criança chegar perto, porque é perigoso. Mas, depois de pronto, eu acho que não tem perigo mais não. A pessoa pode usar tranquilamente”, comenta.

terça-feira, 17 de julho de 2012

Funcionários da Anvisa entram em greve por reposição salarial

  Os 40 funcionários da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) que trabalham no Porto de Santos entraram em greve na segunda-feira. Eles lutam por reposição salarial de 25% e melhorias na carreira.

  Os servidores da Anvisa e de outras agências reguladoras brasileiras, como Anatel e Aneel, estão sem aumento desde 2008. Apenas os serviços essenciais foram mantidos no cais santista e a própria Anvisa reconhece a gravidade da situação.

  De acordo com a assessoria de imprensa da agência, apenas as atividades essenciais serão mantidas neste momento. A expectativa é de que 30% dos trabalhadores sigam em atividade, respeitando a Lei da Greve.

  O secretário do Sindicato Nacional dos Servidores das Agências de Regulação (Sinagências), Anésio Evangelista de Oliveira Filho, explica o que será feito no Porto de Santos daqui para frente.

  “Só serão liberadas cargas de emergência, como medicamentos, por exemplo. Até a vacinação parou. Santos é um dos principais focos do movimento, junto com os aeroportos de Guarulhos e Congonhas”.

  A direção nacional do Sinagências conversará na quinta-feira com representantes do Ministério do Planejamento, em Brasília, para tentar um acordo.

Fonte: 
Jornal A Tribuna 
<http://www.atribuna.com.br/noticias.asp?idnoticia=157615&idDepartamento=5&idCategoria=0>